segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Refletindo...


Sabemos que os recursos naturais são demandados em excesso pelo homem, utilizados como matéria-prima para a produção de bens de consumo. O solo, a água, os seres; tudo é incluído na cadeia produtiva segundo seu valor de mercado. Tal modelo econômico aumenta em muito a geração de resíduos, mantendo as disparidades sociais - estamos condicionados a trabalhar e consumir, sempre mais. Desse modo não há espaço para o ócio criativo, e a qualidade da nossa relação conosco, com os outros e com o espaço ocupado vai se deteriorando. Porém, nada de pular da ponte, organizar um massacre ou voltar a habitar uma caverna, é possível que tenhamos uma vida mais equilibrada. Para tanto, basta nos questionarmos sobre que atitudes tomar para minimizar injustiças e diminuir impactos negativos.

Começemos em casa, usando de modo racional luz e água, comprando não mais que o necessário, valorizando as pessoas do nosso convívio. A Cultura da Paz está vinculada às práticas sustentáveis, e assim como a guerra, é passível de ser realizada quando querida por uma massa crítica de seres. Cabe a nós nos educarmos para melhorar nosso entorno por meio de ações concretas; e assim fazendo, mostrar que é possível uma relação menos ansiosa com o tempo e menos utilitarista com o espaço.

Sendo assim, fica o convite para assistir ao vídeo "A História das Coisas", postado no site http://www.lixo.com.br/, no seguinte endereço: http://www.lixo.com.br/index.php?Itemid=276&option=com_seyret

Ele trata de modo claro (e criativo) as questões inerentes à cadeia produtiva (ambientais e sociais). Vale muito a pena... como todo o material disponibilizado no site: Veja também o "Precicle!"

Na mesma linha apaziguadora está a canção de Beto Guedes e Ronaldo Bastos:

"O Sal da Terra"

Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...
Tempo!

Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

Fica aqui a nossa proposta e esperança...
Inté logo!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Olá Amigos...

Estamos sumidos do mundo virtual, o que não significa que estejamos inertes.
As oficinas têm acontecido semanalmente, e nelas continuamos a troca de experiências pessoais e artísticas. Estamos preparando músicas e selecionando poesias para potenciais apresentações. Como temas centrais do trabalho está a Cultura Popular - rica em ritmos e significados; e os Valores que permitem um modo de viver mais harmônico com o espaço ocupado, fundado em uma Cultura de Paz e na Valorização do simples e do essencial.

Nesta linha nos apresentamos na Feira Nacional do Triângulo Industrial - (FENATRI), ocorrida entre os dias 16 e 20 de Setembro em Uberlândia. As canções visaram lembrar que o processo produtivo (industrial) não está dissociado do material humano que o alimenta, devendo ser respeitada pelas empresas as tradições e necessidades humanas, no sentido de contribuir para transformações socioculturais positivas e de cunho sustentável. Em breve postaremos algumas fotos. Ficamos satisfeiitos com a aceitação do público às mensagens por nós transmitidas.

Neste Mês esperamos nos apresentar na Feira Literária da Escola Castelo Branco. Daremos  mais detalhes quando estiverem concluídas as negociações...rsrs

Para que vocês reflitam sobre a importância de estarmos em paz conosco para então gerarmos a estabilidade em nosso meio, aí vai um texto bacana da Bel Cesar, que é psicóloga e pratica a psicoterapia sob a perspectiva do Budismo Tibetano.

Forte Abraço!

Escute sua musica interior
:: Bel Cesar ::




Você já se flagrou escutando uma melodia espontânea, sem começo nem fim, entoando em seu interior? Se isso já aconteceu com você, lembre-se: este é um sinal de que você está em paz consigo mesmo, e, portanto, com o mundo à sua volta!
Por vezes, podemos estar aparentemente calmos, sentados frente à TV, mas internamente nossa mente não soa bem: escutamos sons, palavras soltas e pensamentos desconexos que revelam a inquietude de nosso mundo interior. No entanto, quando nossa mente está descansada, calma e aberta, podemos escutar melodias criadas por nós mesmos. Todos nós somos compositores de nosso mundo interior!

Como um eco de nossa alma, escutar a música interior é uma das formas mais íntimas de sentirmos a vibração da própria vida. O tom, o ritmo e a cadência desta desconhecida melodia nos revelam mensagens de nosso corpo e de nossas emoções: expressões de sentimentos profundos que estão além das palavras. E como nos faz bem escutá-los!

A escuta da melodia interior purifica a mente dos pensamentos negativos e gera bem-estar. Finalmente relaxamos: não temos mais a necessidade de seguir os impulsos da mente crítica, que nos impede de sentir e intuir soluções criativas. A música estimula o hemisfério cerebral direito!

Enquanto o hemisfério cerebral esquerdo está ligado à experiência humana da racionalidade - uma função própria da energia masculina -, o direito refere-se ao subjetivo, afetivo, imaginativo e intuitivo - funções da energia feminina.

Apesar dos dois hemisférios agirem concomitantemente, algo mágico ocorre quando o princípio feminino criador se sobrepõe à dinâmica racional do princípio masculino: estamos livres para ir além da autocrítica, podemos intuir e nos sentir inteiros.

Para ativar a mente sensorial que nos aproxima do mundo interior, precisamos aquietar a mente racional, viciada em avaliar e julgar tudo que ouve e vê.
O simples fato de permanecermos quietos, numa posição confortável, prestando atenção à nossa respiração, já é uma maneira rápida e eficiente de diminuirmos as atividades da mente acelerada e estressada. No entanto, estamos tão viciados nos estímulos do mundo exterior que nem lembramos de nos oferecer este alívio regenerador! Desconhecemos as melodias de nosso mundo interior porque raramente paramos para escutá-las!

Infelizmente, uma das grandes perdas em nossa evolução humana tem sido justamente a queda de nossa sensibilidade musical: estamos mais toscos, mais grosseiros. Nossa capacidade auditiva está menos seletiva. Muitas vezes a música está presente e nem nos damos conta de que há uma música sendo tocada.

É impressionante a capacidade que temos de suportar tamanha poluição sonora em qualquer lugar que estejamos. Nas lojas e supermercados as músicas ambientes são agitadas e provocadoras, tocadas em alto volume. Nosso cérebro não pode descansar!

Atualmente, já é comprovado que o sistema auditivo está intimamente ligado ao nervoso, logo, o som interfere nas ondas cerebrais. A música é um dos estímulos mais potentes para ativar os circuitos do cérebro. No entanto, uma sobrecarga sonora pode causar o aumento da concentração de suco gástrico, gerando dor de cabeça, fadiga e irritabilidade. A relação desgastante entre o homem e o seu meio ambiente sonoro é uma das grandes fontes de seu desequilíbrio.

Músicas com ritmos excitantes, repetitivos e acelerados, apesar de serem apreciadas por quem dança ao seu som, são prejudiciais à saúde, principalmente quando tocadas em alto volume. O volume elevado e ininterrupto desgasta as células sensoriais do ouvido, até que elas se tornem incapazes de reagir. A deficiência de audição é difícil de ser constatada por ser indolor e por se desenvolver lentamente.
Uma das razões pelas quais os sons da natureza nos fazem bem é que eles simplesmente não ultrapassam o limite tolerado pelo ser humano! Os sons dos pássaros, da água, do vento batendo nas folhas são naturalmente relaxantes e regeneradores.
Portanto, precisamos urgentemente nos conscientizar do enorme poder que o ambiente sonoro causa sobre nós. Aliás, quem não conhece a experiência de recuperar uma forte emoção ao escutar uma determinada música? E o que diremos da memória das emoções antigas guardadas em nossas melodias interiores... vale a pena escutá-las!

A autora trabalha com a técnica de EMDR, um método de Dessensibilização e Reprocessamento através de Movimentos Oculares. Escreveu os livros Viagem Interior ao Tibete, Morrer não se improvisa, O livro das Emoções e Mania de sofrer pela Editora Gaia.
Email: belcesar@ajato.com.br